quarta-feira, 11 de julho de 2012

EVANGELHO SEGUNDO MARCOS

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Este ano de 2012 estamos vivenciando a liturgia do ano “B”, do calendário litúrgico da Igreja Católica, com o evangelho de SÃO MARCOS. Assim, precisamos compreender um pouco sobre esse evangelho. Mas, é bom saber, antes de tudo, que existem muitos estudos sobre os escritos do Novo Testamento, principalmente sobre os evangelhos, com questões ainda não resolvidas em todos os campo e em todos os aspectos. Mas isso não afeta a aceitação desses escritos na caminhada de fé das Igrejas Cristãs. A Igreja católica aceita todos os livros contidos no cânon sagrado como divinamente revelados.

A tradição antiga cristã, que remonta ao séc. II, atribui o texto do Evangelho de Marcos (João Marcos), em cuja casa os cristãos se reuniam para orar (At 12,12), primo de Barnabé, com quem acompanhou Paulo durante algum tempo na primeira viagem missionária (At 13,5.13; 15,37.39) e depois aparece com ele, prisioneiro em Roma (Cl 4,10). Mas liga-se também a Pedro, que o trata por «meu filho» (1 Ped 5,13). Marcos teria escrito o Evangelho pouco antes da destruição de Jerusalém, que aconteceu no ano 70.

Pode-se dizer que de forma simples Marcos busca mostrar quem é Jesus cabendo a resposta ao apóstolo Pedro: “Tu és o Messias!” (8,29). Depois apresenta a ação messiânica de Jesus: “morte e ressurreição (8,31; 9,31; 10,33-34)”. Esse evangelho nos apresenta uma cristologia simples e acessível: Jesus de Nazaré é verdadeiramente o Messias que, com a sua Morte e Ressurreição, demonstrou ser verdadeiramente o Filho de Deus (15,39) que a todos possibilita a salvação.

Ao escrever o seu Evangelho para os fiéis de Roma, Marcos transmitiu o seu ensinamento sobre Jesus: Ele é o Messias e Filho de Deus, não como esperavam os sacerdotes judaicos, onde como rei viria estabelecer um reino terrestre, mas sim salvar a humanidade através de sua Paixão e Ressurreição. Aos cristãos de Roma afligidos pelas perseguições, Marcos mostra-lhes um Jesus sofredor, que padecendo as mesmas tribulações, permaneceu fiel até o fim. Àqueles fiéis que perguntam “porque Deus não intervêm de uma maneira extraordinária?”, Marcos lhes diz que, para acreditar, não se devem exigir sinais, milagres, aparições, intervenções fantásticas de Deus. Os falsos messias também podem fazer coisas surpreendentes (13, 22). Como o centurião – o primeiro romano a proclamar a fé – há que encontrar a fé no meio do sofrimento.

Este Jesus tão simples e humano arrasta multidão e desde o inicio de sua pregação constitui um grupo de discípulos que o seguem. Este seguimento exige um certo esforço e capacidade de abertura ao divino em que os discípulos descobrem em Jesus de Nazaré, o Filho de Deus. Por que a pessoa de Jesus é essencialmente misteriosa, o discípulo precisa de uma fé a toda prova. Desde o início desse evangelho o caminho que Jesus assume o leva a morte (3,1-6; 14,1-2). Até mesmo os discípulos sentem dificuldade de compreender a pessoa de Jesus. (8,22-26; 10,46-53).

A maioria dos estudiosos acreditam que os escritos de marcos serviram de fonte para os escritos de Mateus e Lucas e que fornece a cronologia geral da vida de Jesus, desde o batismo até o túmulo vazio. Eles ainda consideram marcos tanto um historiador quanto teólogo.

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